domingo, 22 de janeiro de 2012

CULTURA DA CENOURA


  • FAMÍLIA: Apiaceae
  •  ESPÉCIE: Daucus carota L.
ORIGEM:
Região onde hoje se localiza o Afeganistão.
Cenouras de coloração alaranjadas foram selecionadas de materiais asiáticos no século XVII na França e na Holanda.
 
•BOTÂNICA:
– Planta herbácea, caule pouco perceptível, situado no ponto de inserção das folhas;
– Folhas formadas por folíolos finamente recortados, com pecíolo longo e afilado.
– Altura da planta:
• Fase vegetativa – 50 cm
• Fase reprodutiva – 1,5 m ou mais
– Flores: São compostas, esbranquiçadas reunidas em umbelas;
– Fruto: São secos (diaquênios) - semente a metade de um fruto;
– RAIZ: Parte utilizável
• Pivotante, tuberosa, carnuda, lisa, reta e sem ramificações, de formato cilíndrico ou cônico e de coloração alaranjada, com elevado teor de betacaroteno (precursor da vitamina A);
• Quanto mais intensa a coloração, mais elevado o teor de betacaroteno e maior o valor nutricional;
• A raiz deve encontrar boas condições físicas no solo para se desenvolver sem deformações.
ÉPOCA DE PLANTIO:
– Ano todo: Cultivares de inverno
– Ano todo: Cultivares de inverno, verão e meia estação.
 
• CLIMA:
– Planta bienal, mas cultivada como anual;
– É de dia longo para florescer sendo que o fotoperiodo e a temperatura interagem na indução ao florescimento;
– Nos cultivares de primavera/verão, baixas temperaturas induzem o florescimento prematuro;
– Ameno 07°C < t° > 29°C;
– Planta é sensível a geadas quando novas;
– Temperaturas excessivamente elevadas, no ar e no solo, prejudicam a germinação, a emergência e o desenvolvimento inicial (regiões de baixa altitude);
– Temperaturas amenas favorecem a planta, a produtividade e a qualidade da raiz (formato e coloração);
– Cenouras européias exigentes em temperaturas amenas; as japonesas e as brasileiras são selecionadas para adaptação a temperaturas cálidas.

• FORMA DE PLANTIO:
– Semeadura Direta:
• Mãos;
• Garrafas (pequeno orifício na tampa);
• Lata;
• Plantadeiras tratorizadas
 
• ESPAÇAMENTO:
– 25 cm X 7 cm – fileira simples;
– 25cm X 7 cm X 7 cm – fileira dupla
– Faixas 20 a 25 cm X 20 a 25 cm
 
• PREPARO DO SOLO:
– Subsolagem + gradagem + levantamento do canteiro;
– Aração + gradagem + levantamento de canteiro;
– Subsolagem + encanteirador
– Encanteirador

• IRRIGAÇÃO:
• Freqüente:
– Início (germinação e para evitar a escaldadura)
• Controlada:
– Após raleio (aprofundamento da raiz)
• Freqüente e Controlada:
– Até o final do ciclo (crescimento)
Diariamente até os 30-40 dias após a semeadura, aplicando-se uma lâmina de 3,0mm/dia.
Após até a colheita, aplicar uma lâmina d'água de 10-20mm a cada 2-4 dias.
• CONTROLE DE INVASORAS:
– Manual
– Químico
ALFACE 


Nome Técnico:
Lactuca sativa
Nomes Populares :
Alface
Família :
Angiospermae – Família Asteraceae.,
Origem:
Nativa da Ásia, cultivada desde a Antiguidade.

Descrição:

É uma planta anual, de ciclo curto, com caule curto, sumarento que atinge até 0,25 m de altura.
As folhas são dispostas imbricadas ao redor deste caule, formando uma roseta.
As folhas são verdes, inteiras, podendo, conforme a variedade apresentar-se lisas, crespas, recortadas.
Inclusive coloridas, verde-arroxeadas.
As suas flores são pequenas margaridas amarelas, reunidas em inflorescência do tipo panícula e que surgem ao final de um ciclo.

Modo de Cultivo conforme as diferentes variedades:

As variedades de alfaces produzidas no país são agrupadas pelo seu tipo e conhecidas pelos nomes de romana, cabeça lisa, cabeça crespa, de folha e de haste.
O modo de cultivo é o mesmo, porém as diferenças de climas produzem tipos comerciais diferentes.
As mais cultivadas são as de cabeça lisa e crespa.

Alface de cabeça lisa:

A alface de cabeça lisa tem folhas macias e é uma das mais apreciadas.
As variedades deste tipo são conhecidas como Repolhuda francesa, Gigante e Sem rival, sendo que a alface romana é a mais indicada para produção em pequenas hortas caseiras.
Existem muitas outras variedades, mas apresentaremos duas em detalhes para que possa cultivar na sua horta.

Alface romana branca:

Alface romana branca de Paris - tem a cabeça repolhuda ereta com 20 a 30 cm de altura e 20 a 30 cm de diâmetro e folhas compridas, ovaladas, lisas, consistentes e de cor verde-clara. 

Seu plantio vai de fevereiro a agosto para a Região Sul, de abril a julho demais Regiões.
A temperatura melhor para seu cultivo é a de 24 ºC, mas tolera mínimas de 2 ºC e máximas de 29 ºC.
Seu ciclo é de 65 dias no verão e até 85 dias nos meses frios.
Deve ser plantada com espaçamento de 30 x 30 cm nos canteiros para desenvolver uma boa formação.
As sementeiras deverão ser preparadas com terra peneirada ou casca de arroz carbonizada, nivelar e regar com jato fino.
Colocar 2 a 3 sementes por célula, se usar sementeira do tipo comercial.
A germinação ocorre em torno de 4 a 7 dias e somente deverá ser transplantada para canteiro quando atingir de 5 a 6 cm.
A colheita da cabeça inteira ocorre em torno de 65 dias após, no verão e 85 dias nos meses frios.

Alface americana:

Alface americana – conhecida pela sua cabeça mais dura, de folhas crocantes verde-claro, saborosas e suculentas.
Seu ciclo é de 70 dias no verão e de 90 dias no inverno.
O tamanho desta planta oscila entre 20 a 30 cm de diâmetro.
É resistente ao calor e ao patógeno Rhizoctonia solani.
Deverá ser semeada em sementeira de alvéolos do tipo comercial ou em caixotes.
O substrato da sementeira poderá ser feito com terra comum de canteiro ou casca de arroz carbonizada.
Nivele e umedeça antes de semear.
Nos alvéolos e nas covas colocar entre 2 a 3 sementes.
Regar todos os dias de manhã ou então à tardinha.
A germinação ocorre entre 4 a 7 dias e transplanta-se as mudinhas quando tiverem 5 a 6 cm de altura para canteiro preparado com adubo animal curtido, cerca de 150 g/m².
Se seu cultivo não for orgânico, acrescente 30 g/m² de adubo granulado tipo NPK formulação 10-10-10.
O espaçamento da cultura é de 30 cm entre linhas e 30 cm entre plantas.
A colheita da cabeça pderá ser feita com 70 dias no verão e 90 dias no inverno.
É uma planta de simples cultivo e pode ser semeada em qualquer época do ano e cultivada em todo o país.


Coleta, Matança, Montagem e Conservação de Insetos

Coleta de Insetos

Coletar, montar e preservar insetos é uma excelente maneira de aprender sobre eles. É ainda uma atividade que pode se transformar num interessante hobbie. Quase não há restrições quanto a se coletar insetos; o mesmo não pode ser dito de outros animais, ou de plantas. Você pode defrontar-se com restrições à coleta apenas em certos parques ou reservas nacionais. Os insetos constituem um grupo tão abundante e que se reproduz com tanta pujança que ninguém realmente se importa com o fato de que você irá coletar alguns espécimes.
O habitat dos insetos é o mais variado possível. Você irá encontrá-los nos mais diversos locais, e não é preciso ir muito longe para achá-los. Comece pelo próprio quintal de sua casa, ou nas áreas do campus da UFMT. Use o tempo que lhe sobra entre as aulas; aproveite as aulas de campo de outras disciplinas, que muitas vezes criam oportunidades únicas de coleta; esteja sempre atento e preparado, trazendo consigo um frasco de matança. Você irá encontrar insetos diferentes em diferentes épocas do ano; os períodos de atividade dessas criaturas variam ao longo das estações. É verdade que os insetos são mais abundantes na época das chuvas, mas isso não significa que estejam completamente ausentes durante os meses de estiagem. É preciso saber onde procurar.
Muitos insetos podem ser encontrados sobre plantas. Eles estão presentes também no ambiente doméstico, às vezes em grãos alimentícios, ou em livros e papéis, ou ainda sobre os animais domésticos ou de estimação. Alguns insetos vivem em situações ocultas, como sob pedras, pedaços de madeira ou cascas de árvores. Frutas caídas do pé e em decomposição contém verdadeiras comunidades de insetos. Procure no solo, entre folhas caídas, nas copas das árvores e em pequenos corpos e cursos d'água. Lembre-se que para a sua coleção didática os insetos não precisam ser grandes ou vistosos; basta que estejam montados corretamente.
O equipamento mais simples que você pode utilizar para coletar insetos são suas próprias mãos. Contudo, outros tipos de equipamentos podem ajudá-lo nessa tarefa. Considere os seguintes:
  • REDE ENTOMOLÓGICA. Também denominada puçá, é constituída por um cabo de madeira ou outro material leve (como alumínio), ao qual vai preso um aro de metal e um saco de filó ou organza (voile) com o fundo arredondado. É ótima para se capturar insetos em vôo, como libélulas, borboletas e mariposas, moscas, abelhas, vespas, cigarras e outros.
  •  REDE DE VARREDURA. É parecida com a rede entomológica, mas a armação de metal é mais reforçada e reta na extremidade. O saco é geralmente feito de lona ou outro tecido resistente. A vegetação é "varrida" com ela, e assim muitos insetos acabam sendo coletados.
  • ARMADILHA LUMINOSA. Usada para a coleta de insetos noturnos. Existem vários modelos de armadilhas luminosas. A lâmpada deve ser de luz negra, incandescente ou fluorescente (códigos BL ou BLB). Uma variação da armadilha luminosa é a coleta no pano. Coletar insetos sob as lâmpadas da iluminação pública ou na iluminação externa das residências ou outros edifícios também é um método que acaba rendendo bons exemplares. De forma geral, as lâmpadas isoladas, situadas longe das grandes concentrações urbanas de luz produzem os melhores resultados.
  • BANDEJA D'ÁGUA. De fácil construção e emprego, a bandeja d'água consiste de uma fôrma de bolo cujo fundo foi pintado com uma coloração atrativa qualquer, como o branco, amarelo, verde, etc. A tonalidade da cor pode fazer toda a diferença no sucesso da coleta. A fôrma deve ser colocada no solo e ficar cheia de água à qual se acrescentam algumas poucas gotas de detergente, que serve para facilitar o afundamento dos insetos que nela caírem. Os insetos capturados não devem ser deixados na água por muito tempo para que não estraguem.
  • ASPIRADOR. É empregado na captura de insetos pequenos e delicados, como formigas, moscas brancas, pulgões, vespinhas etc. Existem muitos tipos de aspiradores, alguns sendo até bastante sofisticados. Um dos mais simples consiste de um recipiente cilíndrico de vidro ou plástico cuja tampa, de borracha ou cortiça, é vazada por dois tubos flexíveis; por um deles, de extremidade protegida por uma pequena tela, o coletor aspira com a boca, e pelo outro os insetos são admitidos ao interior do frasco de coleta.
  • ARMADILHA DE MALAISE. Esse tipo de armadilha é construído com tela de material sintético e lembra uma barraca de camping. No alto da armação existe uma gaiola que recebe os insetos coletados. É ótima para coletar moscas, abelhas e outros insetos que têm o hábito de subir quando aprisionados.
  • FRASCO CAÇA-MOSCAS. Consiste de uma garrafa de tamanho médio com tampa rosqueável; ao redor da garrafa são feitos furos cuja entrada é em forma de funil, com tamanho suficiente para a entrada de moscas das frutas (família Tephritidae). No fundo da garrafa coloca-se suco de frutas ou proteína hidrolisada de milho. A fermentação da isca atrai as moscas, que conseguem entrar mas não sair da garrafa. Essa técnica é usada como forma de controle de moscas-das-frutas em pomares. 

Matança de Insetos

É desejável que os insetos capturados sejam mortos o mais rápido possível, evitando que se debatam na rede ou armadilha, e acabem por danificar apêndices como antenas, pernas, asas e outras partes do corpo. Existem muitas técnicas que podem ser empregadas para se matar os insetos capturados. Podemos citar:
ÁLCOOL 70%. Os insetos são simplesmente colocados no álcool 70%, aí permanecendo. Entretanto, nem todos os insetos podem ser mortos através desse método, que deve ser usado exclusivamente para insetos pequenos, de corpo mole ou delicado. As seguintes ordens de insetos devem ser mortas através de álcool 70%:
  • Microcoryphia (Archaeognatha) (traças saltadeiras)
  • Thysanura (traças dos livros)
  • Mecoptera (panorpatos)
  • Ephemeroptera (efêmeras)
  • Phasmatodea (bichos-pau, exemplares menores)
  • Isoptera (cupins)
  • Orthoptera (apenas os espécimes bem pequenos de grilos ou gafanhotos)
  • Plecoptera (perlários ou perlópteros)
  • Dermaptera (tesourinhas)
  • Embioptera (oligoneuros ou néticos)
  • Psocoptera (piolhos dos livros)
  • Zoraptera (zorápteros)
  • Thysanoptera (tripes)
  • Strepsiptera (estrepsípteros ou ripípteros)
  • Trichoptera (friganidos)
  • Hymenoptera (apenas as formigas pequenas)
  • Hemiptera, subordem Homoptera (apenas pulgões, cochonilhas e moscas brancas)
  • Phthyraptera (piolhos hematófagos e piolhos detritívoros)
  • Siphonaptera (pulgas)
O álcool 70% ou 70°GL pode ser facilmente preparado a partir do álcool 96°GL (álcool de uso farmacêutico), ou do álcool 92,8°GL (álcool de uso doméstico) encontrado em qualquer supermercado.

70ml de álcool 96°GL + 26ml de água = 96ml de álcool 70°GL

75ml de álcool 92,8°GL + 25ml de água = 100ml de álcool 70°GL
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GASES TÓXICOS. Deve-se construir um frasco de veneno para tal fim. Sua construção é simples: em um vidro (um frasco de maionese de 500g, vazio e com tampa, servirá muito bem) coloca-se uma camada de gesso de uns 2 ou 3 cm; o gesso deve secar por completo, o que ocorre em uns 2 dias. Acrescenta-se então um pouco de veneno, suficiente para umedecer (não encharcar) o gesso. As seguintes substâncias podem ser usadas como veneno:
  • Éter etílico ou sulfúrico - era relativamente fácil de adquirir; como o éter é um ingrediente usado no refino e preparo de drogas ilegais como a cocaína e os lança-perfumes, sua aquisição tem-se tornado bastante difícil ultimamente; é muito volátil.
  • Acetato de etila - pouco menos volátil que o éter, e de fácil aquisição (removedor de esmalte de unhas, sem acetona).
  • Tetracloreto de carbono (altamente tóxico e cancerígeno; desaconselhamos seu uso).
  • Clorofórmio (muito tóxico e de custo elevado; era usado em procedimentos de anestesia).
  • Cianeto (de cálcio, potássio ou sódio) - o cianeto é extremamente tóxico e apresenta-se na forma de pó ou grânulos finos; nesse caso, o cianeto é colocado no frasco antes de se colocar o gesso. O cianeto de potássio ou o cianeto de sódio têm maior durabilidade (1 ano) como agentes mortíferos no frasco do que o cianeto de cálcio (1 mês).
Deve-se tomar o cuidado de identificar cuidadosamente o frasco com uma etiqueta onde se leia "VENENO". Uma idéia bastante conveniente é envolver o vidro todo com fita adesiva forte (duct tape), pois se o mesmo quebrar-se, os cacos não serão esparramados e sua eliminação tornar-se-á mais fácil.
Os insetos são colocados dentro do frasco mortífero sobre uma folha de papel toalha ou outro papel absorvente. O frasco deve ser fechado e os insetos devem aí permanecer somente até que morram. A montagem deve ser feita tão rapidamente quanto possível após a morte dos exemplares, para que não endureçam. As seguintes ordens de insetos devem ser mortas com gases tóxicos:
  • Diptera (moscas, mutucas etc.)
  • Odonata (libélulas)
  • Neuroptera (formigas-leão, crisopas)
  • Megaloptera (formigas-leão, sialóideos)
  • Coleoptera (besouros)
  • Hemiptera (percevejos, cigarras, cigarrinhas etc.)
  • Hymenoptera (abelhas, vespas, mamangavas, formigas grandes etc.)
  • Lepidoptera (borboletas e mariposas)
  • Orthoptera (gafanhotos, esperanças, grilos, taquarinhas e paquinhas)
  • Phasmatodea (bichos-pau, exemplares maiores)
  • Mantodea (louva-a-deuses, benditos, põe-mesas)
  • Blattodea (baratas)
Uma alternativa aos gases tóxicos consiste em colocar-se o exemplar num saco plástico (Zip Loc) bem fechado e com o mínimo de ar, dentro de um freezer (-18ºC), por tempo suficiente para que morra. Não se esqueça de identificar o inseto dentro do saquinho com local e data de coleta, e o nome do coletor. Alguns insetos, como certas vespinhas, possuem uma grande quantidade de glicerol no corpo, que age como um anti-congelante, e assim esse método não funciona para matar certos insetos mesmo após dezenas de horas de congelamento.
Larvas de insetos podem ser mortas com água quente e depois fixadas para não sofrerem melanização (escurecimento). Um fixador bastante usado é o KAAD. Imediatamente após a morte, as larvas são colocadas no KAAD por 12 a 24 horas e então transferidas para álcool 70%. O KAAD compõe-se de:
               Querosene ................1 parte
               Álcool 96º GL ............7-9 partes
               Ácido Acético Glacial ....1 parte
               Dioxana ..................1 parte
Como a dioxana é muito tóxica, pode ser substituída por detergente incolor.
O KAAD pode ser utilizado para larvas de insetos das seguintes ordens: Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera, Neuroptera, Diptera e Megaloptera.


Montagem de Insetos


Os insetos que você coletou devem ser montados tão rapidamente quanto possível, para evitar que seus apêndices e outras partes do corpo endureçam na posição errada. Se o exemplar ressecar e endurecer, use uma câmara úmida para amolecê-lo. A câmara úmida é feita com um vidro de ± 5 litros de capacidade, com boca larga (vidros vazios de picles são perfeitos); no fundo do vidro coloca-se uma camada de areia (± 3cm) misturada com bolinhas de naftalina trituradas (para prevenir mofo). A areia é umedecida e os insetos secos são colocados no vidro sobre uma folha de papel toalha; o vidro deve ser bem fechado; os insetos amolecem em cerca de dois dias, por causa da umidade.
A montagem é feita com alfinetes entomológicos, que variam em espessura de 000 até 10; o comprimento é em geral de 37 a 38 mm. Os mais usados são os de números 0 e 1. Esses alfinetes são importados e vendidos em lotes de 100 ou 1000. Algumas marcas tradicionais são: "Elefant" (austríacos), "Morpho" (tchecos), "Karlsbader" (alemães) e "Asta" (ingleses). Existe um fornecedor nacional:"Alfinete Papillon"Saiba que os alfinetes comuns de costura enferrujam prontamente. Portanto, use somente alfinetes entomológicos.
Aqui estão algumas regrinhas gerais que você deve observar ao montar seus insetos:
  • O inseto deve ser espetado em posição rigorosamente perpendicular ao alfinete.
  • Os apêndices como antenas e pernas devem ficar em posição simétrica.
  • As antenas, quando longas, devem ser voltadas para trás e circundar o inseto.
  • As pernas, principalmente P3 em gafanhotos e esperanças, devem ficar distendidas e baixas, juntas do corpo.
  • As margens anais das asas anteriores de borboletas e mariposas devem fazer um ângulo de 90° com o eixo longitudinal do corpo.
  • As margens costais das asas posteriores de borboletas e mariposas devem fazer um ângulo de 90° com o eixo longitudinal do corpo.
  • As asas de um dos lados de gafanhotos, esperanças, grilos, louva-deuses e baratas podem ser montadas abertas.
  • Os apêndices são mantidos no lugar durante a fase de secagem do exemplar através de alfinetes-guia, que JAMAIS deverão traspassar quaisquer estruturas do inseto.
Os insetos são alfinetados em certos locais, dependendo da ordem a que pertencem:
               Coleptera: no élitro direito perto da base.
               Hemiptera (Heteroptera): no escutelo.
               Dermaptera: no meio do élitro direito.
               Mantodea: no metatórax.
               Demais ordens: no mesotórax.

Nos espécimes de pequeno porte (até mais ou menos 5 ou 6 mm) ou delicados, os alfinetes, mesmo os mais finos, podem destruir o exemplar. Nesses casos, usa-se uma técnica chamada dupla montagem. A dupla montagem consiste em colar o inseto em um pequeno triângulo de papel cartão e depois alfinetar o triângulo. Deve-se tomar cuidado para que a quantidade de cola usada seja a mínima possível e não interfira com as estruturas diagnósticas do exemplar. Quando são disponíveis vários exemplares da mesma espécie (por exemplo, formigas, vespinhas poliembriônicas etc.) pode-se montar três triângulos no mesmo alfinete, nas posições dorsal, ventral e lateral. A dupla montagem pode ainda ser feita espetando-se o inseto com um microalfinete em um pequenino bloco de isopor ou cortiça, que é por sua vez traspassado por um alfinete entomológico. Veja as ilustrações abaixo. 


Um inseto, ainda que bem montado, terá pouco ou nenhum valor científico se não for etiquetado de forma correta. Pode-se colocar no alfinete quantas etiquetas forem necessárias. É comum em coleções de museus encontrar-se insetos com mais de uma dezena de etiquetas. Uma delas, entretanto, deve obrigatoriamente estar presente. Essa etiqueta obrigatória deve conter as seguintes informações:
               LOCAL DA COLETA (cidade, estado ou província, e país)
               DATA DA COLETA (mês escrito com algarismos romanos e ano escrito com 4 dígitos)
               NOME DO COLETOR (sobrenome, e iniciais)

Conservação de Insetos

Os insetos que são mortos com álcool a 70% devem ser conservados dentro do próprio frasco com álcool. Em coleções desse tipo, é preciso verificar o nível do álcool periodicamente para evitar que o material se estrague. Os insetos mortos a seco (com gases tóxicos) são guardados em caixas de madeira com tampa de vidro, ou em gavetas entomológicas construídas especialmente para esse fim. As caixas ou gavetas têm fundo de isopor para fixar os alfinetes. Para evitar bolor e ataque de outros insetos usa-se pastilhas de paraformol ou bolinhas de naftalina; a naftalina ataca o isopor se ficar em contato direto com ele; por isso deve ser colocada dentro de uma caixinha de papelão (o fundo de uma caixinha de fósforo é um protetor perfeito). 


Se os insetos mofarem, podem ser limpos com um pincel molhado no éter ou numa mistura de éter + xilol. Insetos engordurados podem ser limpos imergindo-se os mesmos em éter por 1 a 2 dias.
Hortaliças
O cultivo da hortaliça é simples, já que não é das mais exigentes; é também rústica, com boa resistência a pragas e doenças.
As Boas Práticas de Agrícolas para Hortaliças Em função de hortaliças serem produzidos sob variadas condições climáticas e edáficas utilizando-se de distintas tecnologias, em propriedades de
diferentes tamanhos, não é difícil imaginar que os perigos microbiológicos, químicos e físicos possam variar de um sistema para outro. Em cada área é necessário levar em consideração as práticas de produção empregadas que permitam a obtenção de hortaliças de boa qualidade, considerando-se as condições específicas de cada local, o tipo de produto e os métodos empregados. Todos os procedimentos utilizados para a produção de hortaliças devem ser conduzidos sob condições estritamente higiênicas e devem minimizar os riscos
potenciais à saúde do consumidor devido à contaminação das hortaliças. A seguir são descritos os principais pontos que devem ser observados por produtores e técnicos com o intuito de se obter hortaliças de excelente qualidade para o consumo humano.


Cultivo protegido de hortaliças

Mais utilizado nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, o cultivo protegido de hortaliças é uma tecnologia viável para todo o País, produzindo plantas com aparência mais atrativa e produtos com melhor qualidade.
A técnica diminui a ação de fatores climáticos extremos que prejudicam o desenvolvimento das plantas, como condições de temperatura e luminosidade, chuva forte, vento, geada ou granizo, além de reduzir a ação de insetos, fungos, bactérias, vírus e nematóides. Entre os artifícios de proteção das hortaliças, estão a cobertura do solo ou da cultura e o cultivo em túneis ou em casas de vegetação.